Quem escreve essas porras?

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Será que a vida é um eterno pote de sorvete com feijão dentro?

 Na semana passada, fui a uma loja da minha cidade comprar um telefone celular. Achei o preço bastante atrativo. Mas "na hora H", ou seja, na hora em que ia passar o Navalhacred na maquininha, resolvi perguntar sobre as opções de parcelamento (antes que me perguntem, sou pobre). Aí me deparei com uma condição que não estava escrita no encarte da loja, nem em nenhum aviso afixado na loja: O produto só pode ser parcelado se você aceitar uma garantia estendida que eleva em 70 reais o preço total do produto parcelado.

Na mesma hora eu pensei: "Porra, de novo?" e desisti da compra naquela loja.

Mas eu trouxe esse caso a vocês porque volta e meia a vida vem com uma dessas "surpresas". Você faz um curso, paga, recebe o diploma, e quando vai usar o diploma do curso, descobre que não pode usar o diploma porque o curso foi descredenciado do MEC e que o papel do diploma só serve para limpar a bunda (ou talvez nem isso). Vai à lanchonete, pede uma coxinha de frango com catupiry e recebe uma sem (ou vice-versa). Acorda cedo, vai pegar o ônibus, fica 47 minutos esperando no ponto, e descobre que o ônibus que você queria pegar resolveu não passar na sua rua para evitar pegar muitos estudantes com direito à gratuidade...

O engraçado é que dificilmente é uma boa surpresa. Aliás, se a vida fosse boa, não se chamaria "vida". Se chamaria "pizza". A vida é um eterno pote de sorvete com feijão dentro (e feijão estragado), no qual a gente sempre é surpreendido por essas vigarices da vida.

Mas antes que me chamem de pessimista, no pote de sorvete da vida não tem só feijão estragado. Tem também bem lá no fundo umas lasquinhas de sorvete (bem fininhas), mas que ajudam a tirar o gosto ruim da boca. Quem tem amigos de verdade sabe da importância que eles têm em nossa vida e em como eles levantam a nossa moral naqueles dias ruins, nos quais a gente pensa "Viver pra quê?". E eles ajudam bastante a esquecer um pouco dos dilemas da vida.

No fundo, eu só queria que a vida fosse como o Wesley Safadão: 99% perfeita, mas aquele 1% vagabunda. Só que inverteram as coisas...

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